Grupo de haitianos faz manifestação contra a construtora PDG em frente do MPT-PR
Um grupo de cerca de 30 pessoas, entre elas 18 haitianos, realizou uma manifestação na tarde de hoje (15) em frente ao Ministério Público do Trabalho no Paraná. Eles trabalhavam na Águia Revestimentos e Pinturas, empresa terceirizada que prestava serviços em duas obras da construtora PDG, maior empresa do setor imobiliário da América Latina. Os trabalhadores, dispensados, reclamam no não pagamento de verbas rescisórias e do salário de novembro. Eles foram atendidos pela procuradora do trabalho Patrícia Gaidex.
A empresa PDG, que pode responder subsidiariamente no caso, foi intimada para uma audiência marcada para amanhã (16), às 14h, na sede do MPT-PR em Curitiba (Av. Vicente Machado, 84, Centro).
MPT investiga trabalho de haitianos na construção civil
Em agosto desse ano, o procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto, do MPT-PR, instaurou um procedimento promocional para investigar a situação dos trabalhadores haitianos na construção civil em Curitiba. Desde então, oito obras foram visitadas, alcançando cerca de 20 haitianos, alguns em situação irregular, sem carteira de trabalho assinada, com meio ambiente de trabalho irregular ou sofrendo discriminação.
Outras denúncias foram recebidas do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracon) e autuadas separadamente. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também denunciou situações em outros ramos de atividade econômica, incluindo práticas discriminatórias e de xenofobia, que estão sendo investigadas, algumas delas sob sigilo.
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